quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Setor externo




NOTA PARA A IMPRENSA - 25.10.2011




I - Balanço de pagamentos - Setembro de 2011


O balanço de pagamentos registrou superávit de US$808 milhões em setembro. As transações correntes apresentaram déficit de US$2,2 bilhões no mês e de US$48 bilhões nos últimos 12 meses, equivalentes a 2,05% do PIB. No mês, a balança comercial foi superavitária em US$3,1 bilhões. A conta financeira registrou ingressos líquidos de US$2,9 bilhões. Destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos, US$6,3 bilhões, e de empréstimos de longo prazo, US$2 bilhões, bem como as amortizações líquidas de empréstimos de curto prazo, US$2,4 bilhões.


A conta de serviços registrou déficit de US$3,1 bilhões no mês, diminuição de 5,1% frente ao registrado em igual período de 2010. As despesas líquidas com viagens internacionais totalizaram US$1,3 bilhão, com elevações de 12,4% nos gastos de brasileiros no exterior e de 14,6% nos gastos de estrangeiros no País. As despesas líquidas com transportes, US$753 milhões, apresentaram crescimento de 11,9%, enquanto os gastos líquidos com aluguel de equipamentos, US$1,4 bilhão, aumentaram 2,8%, na mesma base de comparação.


As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$2,4 bilhões, 20,7% acima do resultado de setembro de 2010. As remessas líquidas de renda de investimento direto, incluindo lucros e dividendos, atingiram US$1,7 bilhão, elevação de 23,8%. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira totalizaram US$491 milhões, crescimento de 6,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Houve elevação de 39,4% nas remessas líquidas de renda de outros investimentos, que totalizaram US$338 milhões. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$2 bilhões no mês, crescimento de 20,5% ante mesmo período de 2010.


As transferências unilaterais correntes acumularam ingressos líquidos de US$225 milhões no mês, aumento de 2,7% em relação a setembro de 2010. Os ingressos para manutenção de residentes somaram US$175 milhões, aumento de 8,6%, e os envios de recursos ao exterior com a mesma finalidade alcançaram US$60 milhões, redução de 19,6%, sempre nas mesmas bases de comparação.


Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$10 milhões em setembro. As saídas de recursos destinados a aumento da participação no capital de empresas estrangeiras somaram US$417 milhões, enquanto as amortizações líquidas recebidas de empréstimos intercompanhias atingiram US$407 milhões.


Os investimentos estrangeiros diretos somaram ingressos líquidos de US$6,3 bilhões no mês, ante US$5,6 bilhões em agosto, e acumularam US$50,5 bilhões no ano, até setembro. No mês, os ingressos líquidos para aumento da participação no capital de empresas no País atingiram US$5,4 bilhões, e os desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhia somaram US$959 milhões.


Os investimentos estrangeiros em carteira totalizaram saídas líquidas de US$933 milhões em setembro, ante ingressos líquidos de US$77 milhões em agosto. Os investimentos em ações negociadas no País registraram ingressos líquidos de US$419 milhões. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País apresentaram saídas líquidas de US$425 milhões. As amortizações líquidas de bônus públicos somaram US$93 milhões, incluindo US$15 milhões de ágios pagos em operações de recompra. As amortizações líquidas de notes e commercial papers e de bônus privados somaram US$441 milhões em setembro, ante captações líquidas de US$856 milhões em agosto. Os títulos de curto prazo registraram amortizações líquidas de US$383 milhões.


Os outros investimentos brasileiros no exterior somaram aplicações líquidas de US$5,8 bilhões em setembro, compreendendo a concessão líquida de empréstimos de curto prazo, US$2,2 bilhões, e constituição de ativos no exterior, tanto de bancos, US$3,6 bilhões, como de demais setores, US$573 milhões.


Os outros investimentos estrangeiros no País somaram ingressos líquidos de US$2,7 bilhões em setembro. O crédito comercial de fornecedores totalizou desembolsos líquidos de US$3,3 bilhões. Os empréstimos de longo prazo registraram ingressos líquidos de US$2 bilhões, incluindo de desembolsos líquidos de US$968 milhões de empréstimos diretos e de US$717 milhões referentes a financiamento provido por compradores. Os empréstimos de curto prazo atingiram amortizações líquidas de US$2,4 bilhões em setembro.




II - Reservas internacionais


As reservas internacionais somaram US$349,7 bilhões, em setembro, redução de US$3,7 bilhões em relação ao estoque do mês anterior.


O Banco Central comprou liquidamente US$327 milhões no mercado doméstico de câmbio à vista. A receita de remuneração das reservas totalizou US$366 milhões, enquanto as demais operações externas, relacionadas principalmente a variações de preços e de paridades, reduziram o estoque em US$4,4 bilhões.




III - Dívida externa


A posição estimada da dívida externa total em setembro totalizou US$297,6 bilhões, elevando-se US$6 bilhões em relação ao montante apurado para junho. A dívida de longo prazo atingiu US$250,3 bilhões, aumento de US$13,3 bilhões no período, enquanto a de curto prazo alcançou US$47,3 bilhões, retração de US$7,3 bilhões.


No período comparativo, os principais fatores de variação da dívida externa de longo prazo foram as captações líquidas de empréstimos por bancos, US$7,3 bilhões; empréstimos tomados por outros setores, US$5,4 bilhões; e títulos emitidos por bancos, US$3 bilhões. A variação por paridades reduziu o estoque em US$2,9 bilhões.


A retração da dívida externa de curto prazo decorreu de amortizações líquidas de empréstimos por bancos, US$4,3 bilhões, e pelos outros setores, US$2,4 bilhões.




Fonte: Banco Central do Brasil



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